O clima seco dos meses de inverno, com a umidade relativa do a r baixa, associado aos ventos fortes e à vegetação seca, eleva o risco de queimadas e incêndios florestais na maior parte do Brasil.
Para agravar a situação, embora o clima seco seja um fator importante para o aumento das queimadas, muitos incêndios são provocados pela ação humana.
Diante disso, muitos estados estão em alerta, desenvolvendo ações que possam minimizar os riscos de queimadas.
Um deles é São Paulo, onde a Defesa Civil do estado emitiu alerta para risco elevado de queimadas neste fim de semana, especialmente na região do Vale do Paraíba, com temperaturas em elevação, tempo seco e umidade do ar podendo ficar abaixo de 20%.
Nesta segunda-feira (30), o órgão emitiu novo comunicado informando a chegada de uma frente fria, com acentuada queda nas temperaturas e também na umidade do ar, reforçando o risco de queimadas e incêndios florestais.
Além de São Paulo, na região Sudeste, também há risco de queimadas, principalmente na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, Triângulo Mineiro e noroeste de Minas Gerais e no sul do Espírito Santo.
Região Matopiba
Também estão no radar da Defesa Civil nacional os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, a chamada do Matopiba, no coração do Cerrado brasileiro, considerada entre as mais propensas a queimadas neste período, segundo um mapeamento atualizado do risco de queimadas nas regiões brasileiras do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis).
A região Matopita tem registrado temperaturas até 5 °C acima da média histórica, ou seja, está muito mais quente do que era no passado, com dias com calor intenso mais frequentes, o que aumenta os riscos,
Centro- Oeste
Regiões do centro-norte, leste e sudoeste de Mato Grosso do Sul, além do centro-sul, sudeste e sudoeste de Mato Grosso, têm risco de incêndios florestais até dezembro de 2025, segundo portaria federal.
Na semana passada, a polícia federal iniciou a primeira fase da Operação Incêndios 2025 nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
O plano prevê a instalação de bases avançadas em pontos críticos, uso intensivo de tecnologia de ponta, geo inteligência e drones, além de atuação conjunta com a Força Nacional de Segurança Pública, órgãos estaduais e instituições parceiras como IBAMA, ICMBio, Advocacia-Geral da União (AGU) e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
O objetivo é ampliar a capacidade de prevenção e resposta do Brasil frente aos crimes ambientais.
Nas próximas semanas, a estratégia será expandida para outras áreas prioritárias, como Acre, Amazonas, Rondônia e Pará, onde todos os anos a incidência de incêndios florestais é grande.
Neste último mês de junho, ainda conforme o levantamento do Lapis, o registro de chuvas em torno ou acima da média histórica reduziu o risco de queimadas na Amazônia, um dos estados mais preocupantes.
Região Sul
Há alerta de risco de queimadas no sudoeste, centro-ocidental, sudeste e sul do Rio Grande do Sul, incluindo a região metropolitana de Porto Alegre, noroeste e centro-ocidental do Paraná e oeste e Vale do Itajaí, em Santa Catarina.

Reprodução/CBSC
Alunos de Santa Catarina em ação preventiva promovida pelo Corpo de Bombeiros
Em Santa Catarina, o Corpo de Bombeiros está promovendo a Operação Alerta Vermelho nas Escolas, reforçando o compromisso com a cultura preventiva no Estado.
A iniciativa atende ao Decreto Federal nº 35.309, de 2 de abril de 1954, que instituiu a Semana de Prevenção Contra Incêndios, e consiste em palestras educativas voltadas a alunos do 5º ano de escolas públicas estaduais e municipais.
Os estudantes recebem orientações sobre como evitar incêndios em residências e agir corretamente em situações de emergência. A orientação se estende também em relação aos riscos de incêndios florestais.
Eles recebem um formulário digital com perguntas sobre segurança contra incêndios, elaborado com base no Home Fire Inspections, da National Fire Protection Association (NFPA), que deve ser preenchido em conjunto com os pais ou responsáveis.